Manejo integrado de pragas em florestas
As populações de insetos são reguladas por forças físicas,
nutricionais e biológicas. Em condições normais, estas forças contrabalançam a
enorme capacidade reprodutiva dos insetos, que poderiam alcançar populações
assustadoras, caso estas forças fossem retiradas.
Na floresta os insetos benéficos estão principalmente em
dois grandes grupos: Predadores, que se alimentam externamente e devoram suas
presas (Tompson, 1943) e parasitóides que vivem sobre o hospedeiro ou dentro
dele e, gradualmente o consome. As diferenças entre parasitóides e predadores
não são rígidas. Os parasitóides usualmente são capazes de alimentar se e
completar seu ciclo de vida em um único hospedeiro, enquanto o predador
alimenta-se de vários indivíduos, movendo-se livremente para procurar outras
presas. A maioria dos parasitóides pertence às ordens Hymenoptera e Diptera.
Alguns parasitóides atacam diferentes hospedeiros e outros
são limitados a alguns poucos, ou apenas um hospedeiro. Por outro lado, uma
única espécie pode servir de hospedeiro para diferentes espécies de
parasitóides. Os parasitóides também não estão livres de inimigos naturais,
eles podem ser atacados por outros parasitóides (hiperparasitismo) (Furnis
& Carolin,1977).
A manipulação das forças biológicas se constitui numa das
ferramentas mais poderosas do Manejo Integrado de Pragas (MIP), na agricultura ou na floresta e
que envolve um grande número de técnicas. No que se refere aos aspectos biológicos do MIP estas técnicas podem ser sintetizadas
em três linhas: o uso de técnicas
culturais, o controle biológico e o uso de plantas resistentes. Os estudos de
resistência de plantas se aproximaram do MIP em 1950, focado nas estratégias de
defesas da planta e seus efeitos nos insetos herbívoros e em menor extensão,
nos efeitos dos insetos na planta. Mais recentemente, estes estudos incluíram
as interações entre plantas e o terceiro nível trófico, observando a interação
tritrófica da perspectiva de cada componente.
(Vinson, 1999). As técnicas
culturais compreendem o manejo da cultura, englobando todas práticas que a
beneficiam e, de maneira indireta influencia na dinâmica populacional dos
insetos, tais como capina, roçagem, desbastes, adubação, etc...
Os insetos destrutivos fazem parte dos ecossistemas florestais e tem impacto significativo na
produtividade e outros valores da floresta, no entanto estes impactos adversos
podem ser evitados ou mantidos abaixo dos níveis de dano econômico, através de
medidas ecológicas, compatíveis com o manejo florestal (Waters & Stark,
1980) e integradas às outras atividades que conduzem a floresta ao seu objetivo
final, seja ele a produção de madeira, celulose, papel, paisagístico ou ambiental.
Controle biológico é um fenômeno natural que regula o número
de plantas e animais com a utilização de inimigos naturais (agentes de
mortalidade biótica) mantendo as populações (excluindo o homem possivelmente)
em estado de equilíbrio com o ambiente (Bosch, et al. 1973), flutuando dentro
de certos limites (Berti Filho, 1990). Uma vez que os insetos perfazem um total
de 80% (talvez 1-1.5 milhões de espécie) de todos os animais terrestres, a
inibição parcial de controle biológico natural geraria conseqüências
inimagináveis. O homem poderia não sobreviver à intensa competição com comida e
fibra e ele enfrentaria problemas relacionados à saúde devido a doenças transmitidas por
insetos. Nestes termos, o
controle biológico, então, é de grande importância para nós e, provavelmente
crítico a nossa sobrevivência. (Bosch,
et al. 1973).
Controle biológico é um fenômeno natural que, quando
aplicado adequadamente o um problema de praga, pode prover uma solução
relativamente permanente, harmoniosa, e econômica. Mas por ser o controle
biológico uma manifestação da associação natural de tipos diferentes de
organismos vivos, i.e., parasitóides e patógenos com os hospedeiros e,
predadores com as presas, o fenômeno é dinâmico, sujeito às perturbações por
fatores outros como, as mudanças no ambiente, processos adaptativos e,
limitações dos organismos envolvidos em cada caso (Huffaker & Mensageiro,
1964 apud. Bosch, et al. 1973).
Quando se discute o manejo de pragas é necessário lembrar
que existe mais de um milhão de espécies de insetos, mas apenas um pequeno
percentual é considerado praga. Embora a maior parte do trabalho dos
entomologistas concentra-se em matar estas pragas (Pyle et al., 1981), é
indiscutível o papel benéfico de muitos insetos para o homem. O fato dos
insetos estarem associados com algo maléfico (pragas e vetores) para a maioria
da sociedade, torna difícil conscientizar a população sobre a necessidade de
conservá-los.
Dentre as razões
citadas por pragas Pyle et al., (1981), do porquê conservar populações
de insetos, estão os valores intelectuais, ecológicos e econômicos. Do ponto de
vista econômico, os insetos estão quase sempre associados a prejuízos. No
entanto, não está bem claro para a povo
as possibilidades de lucros oriundos dos insetos, que podem ser uma enorme
fonte de lucros, basta lembrar as abelhas e o bicho da seda, que mobilizam
criadores, indústria e comércio em todo mundo. Um mercado recente, que tem
mobilizado um grande número de pessoas é a produção e comercialização de
parasitóides e predadores para uso na agricultura e florestas.
O controle biológico no Brasil
O controle biológico clássico no Brasil iniciou em 1921, com
a importação de Prospaltella berlesi (Aphelinidae) dos Estados Unidos para o
controle de Pseudaulacaspis pentagona no pessegueiro. Em 1929, foi introduzido
da Uganda o parasitóide Prorops nasuta
para controlar a broca do café (Hypothenemus hampei), dentro de um programa que
continuou por vários anos, com a criação
e distribuição deste parasitóide
(denominada de vespa da Uganda), por mais de duas mil propriedades até 1939.
Após esta data outros inimigos naturais foram introduzidos
para o controle desta broca, como o braconideo Heterospilus coffeicola
(Gonçalves, 1990) e vários outros para o controle de diversas pragas nas
culturas da macieira, café, cana de açúcar, citrus, cacau e outras. (Berti
Filho, 1990). Os sucessos alcançados nos primeiros programas incentivaram vários pesquisadores e
instituições a investirem no controle biológico sendo publicados mais de 1400
trabalhos nas últimas duas décadas na área de entomopatógenos (Alves, 1998),
com ênfase aos bioinseticidas virais e bacterianos.
Na área florestal vários projetos com ênfase no controle
biológico podem ser referenciados, tais como:
1. O uso de Trichogramma sp. (Hymenoptera Trichogrammtidae)
no controle de lagartas desfolhadoras de Eucalyptus spp., coordenado pela
Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG (Berti Filho, 1990) que em 1982
liberou 168.000 indivíduos de
Trichogramma soaresi na tentativa de
controlar um foco de Blera varana Schaus
em Eucalyptus cloeziana F. Muell. em Minas Gerais (Zanúncio, et al. 1993).
2. Programa de controle de lagartas desfolhadoras do
eucalipto com uso de predadores, como
Podisus nigrolimbatus Spínola (Hemiptera: Pentatomidae) e P. connexivus
Bergroth, coordenado pela Universidade Federal de Viçosa -UFV, em convênio com
diversas empresas florestais em
Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Espirito Santo. (Zanúncio,
et al. 1993).
3. O controle da vespa da Madeira Sirex noctilio Fabricius
com a introdução do nematóide Deladenus siricidicola Bedding seu principal
inimigo natural e posteriormente os parasitóides Megarhyssa nortoni (Cresson) e
Rhyssa persuasoria (L.). O parasitóide Ibalia leucospoides Hochenwald foi
introduzido naturalmente junto com a praga (Iede & Penteado, 2000). A vespa
da madeira foi observada, no Brasil,
pela primeira vez em 1988 (Iede & Penteado, 1988) e no ano seguinte
iniciou o programa de controle, coordenado pela Embrapa Florestas, no Paraná,
em cooperação com diversas empresas florestais que plantam Pinus sp. no Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Além destes, muitos trabalhos individuais ou em grupos têm
apresentado alternativas ao controle de pragas florestais, com a identificação
de inimigos naturais, testes de eficiência para predadores, parasitóides e
microorganismos, principalmente vírus e bactérias. Dentro do controle biológico
de formigas cortadeiras, principal praga florestal no Brasil, podem ser citados
os trabalhos de Alves & Sosa Gomez, 1983; Anjos, et al. 1993; Della Lucia,
et. al., 1993; Silva & Diehl-Fleig, 1995 e Specht, et al., 1994
Insetos parasitóides
No controle de pragas do eucalipto uma das linhas de
pesquisa atuais tem sido o uso de parasitóides.
Principais espécies de hemipteros predadores utilizados em
florestas
Podisus
connexivus Bergroth, 1891
Podisus
nigrolimbatus Spínola, 1852
Podisus
sculptus Distant, 1889
Supputius
cincticeps Stal, 1860
Alcaeorrhynchus grandis
Reduviídeos
Montina confusa
Pragas
O eucalipto foi introduzido no Brasil na década de 40 se
adaptando as diferentes regiões do Brasil. Sua proximidade taxonômica com
diversas espécies brasileiras favoreceu a adaptação de muitos insetos, logo
após o início dos plantios. Os extensos plantios homogêneos e contínuos,
distribuídos por todo o Brasil forneceram grande quantidade de alimentos a
estes insetos.Aliada a disponibilidade de alimento a baixa diversidade
interferiu no equilíbrio ecológico destes insetos possibilitando seu aumento
populacional descontrolado, tornando-os pragas.
A ocorrência de pragas em eucalipto no Brasil foi registrada
logo depois de sua introdução. Silva (1949) observou a ocorrência de Sarcina
violascens (Lep. Limantriidae) atacando Eucalyptus tereticornis no Rio de
Janeiro. Nas décadas de 1970 e 80,
vários autores observaram lagartas desfolhadoras em eucalipto em São Paulo
Formigas cortadeiras
As formigas cortadeiras, conhecidas desde o século XVI e, já
relatadas pelo Jesuíta José de Anchieta em 1560 (Mariconi, 1970), são
consideradas até hoje como o principal problema entomológico das florestas
brasileiras. No Brasil estes insetos são chamados de saúvas ou quenquéns. A
primeira pertence ao gênero Atta com 10 espécies e 3 subespécies e a segunda aos
gêneros Acromyrmex, com 20 espécies e
nove subespécies (Della Lucia et. al., 1993, cap. 3), e menos importante, os
gêneros Sericomyrmex (9 espécies), Trachymyrmex (12 espécies) e Mycocepurus (3
espécies) (Anjos et. al., 1998).
Segundo Anjos, 1998 há estudos indicando que cerca de 75%
dos custos e tempo gastos no manejo integrado de pragas em florestas plantadas,
ou 30% dos gastos totais até o terceiro ciclo eram destinados ao manejo
integrado de formigas. O desfolhamento causado por formigas pode reduzir a
produção de madeira no ano seguinte em um terço e, se isto ocorrer no primeiro
ano de plantio, a perda total do ciclo pode chegar a 13% da colheita. Em
ecossistemas tropicais as formigas consomem em média 15% da produção florestal.
Para o controle de formigas são utilizados principalmente
produtos químicos na forma de iscas. No entanto o manejo adequado dos plantios
juntamente com o monitoramento é fundamental para o sucesso deste
controle.
Formigas Saúvas
Saúvas são formigas cortadeiras do gênero Atta. Diferem-se
das quenquéns por serem maiores e possuirem apenas três pares de espinhos no
dorso do tórax. Ocorrem somente na América, sendo sua dispersao do sul dos EUA
até a Argentina. Seus ninhos são denominados sauveiros e são facilmente
reconhecidos pelo monte de terra solta na superfície (Gallo et. al. 2002). A
seguir serão listadas as espécies de saúvas e sua distribuição no território
Nacional de acordo com Della Lucia et. al., (1993).
Atta bisphaerica
Forel, 1908 - "Saúva-mata-pasto" - SP, MG, RJ, Norte e Sul do Mato
Grosso.
Atta capiguara Gonçalves, 1944 - "Saúva-parda" -
SP, MT e MG.
Atta cephalotes (L., 1758)- "Saúva-da-mata" - AM,
RO, RR, PA, AP, MA, PE (Recife e arredores) e Sul da BA. Provavelmente, ocorre
no AC e Norte do MT.
Atta goiana Gonçalves, 1942 - "Saúva" - GO e MT.
Atta laevigata (F. Smith, 1858)- "Saúva-de-vidro"
- SP, AM, RR, PA, MA, CE, PE, AL, BA, MG, RJ, MT, GO e Norte do PR.
Provavelmente, ocorre em RO, PI e SE.
Atta opaciceps Borgmeier, 1939 -
"Saúva-do-sertão-do-nordeste" -PI, CE, RN, PB, PE, SE e Nordeste da
BA. Provavelmente ocorre em AL.
Atta robusta Borgmeier, 1939 - "Saúva-preta" - RJ.
Atta sexdens piriventris Santschi, 1919 - "Saúva- limão
-sulina" - SP, Sul do PR, SC e RS
Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908-
"Saúva-limão" - SP, MG (Sul e centro), ES, RJ, Sul do MT, Sul de GO e
Norte e Oeste do PR.
Atta sexdens sexdens (L., 1758)-
"Formiga-da-mandioca" - AM, AC, RO, RR., PA, AP, Norte do MT, Norte
de GO, MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA e Norte de MG.
Atta silvai Gonçalves, 1982- "Saúva" - Sul da BA.
Atta vollenweideri Forel, 1939 - "Saúva" - RS e
MT.
Em
Minas Gerais, as espécies mais frequentes e abundantes são:
A. sexdens rubropilosa, A. laevigata e A. bisphaerica.
Formigas quenquéns
São formigas cortadeiras, principalmente do genero
Acromyrmex. Os formigueiros deste gênero são pequenos e geralmente de poucos
compartimentos (panelas). As operárias variam muito de tamanho, mas geralmente
são bem menores que as saúvas.
A ocorrência destas formigas vai desde a Califórnia (EUA)
até a Patagônia, encontrando-se espécies deste gênero na América Central, Cuba,
Trinidad e América do Sul, exceto no Chile As únicas espécies que não são da
Região Neotropical são Acromyrmex versicolor versicolor (Pergande) e A.
versicolor chisosensis (Wheeler).
Comumente, encontram-se variações individuais na proporção
dos espinhos do tronco e da cabeça em espécimens pertencentes à mesma colônia.
A caracterização taxonômica realizada com base na proporção forma dos espinhos
do tronco, o tipo de esculturação tegumentar e disposição dos tubérculos no
gáster (GONÇALVES, 1961) são sinais facilmente visualizados nas operárias
máximas.
Com as modificações nomenclaturais no subgénero Moellerius
feitas por FOWLER (1988) e as duas formas neárticas, além da descrição de
Acro,nyrmexdiasi (GONÇALVES, 1983), o gênero conta atualmente com 63 espécies
nominais. Dessas, 20 espécies e nove subespécies foram constatadas no Brasil.
No Estado de São Paulo, dados sobre a atualização da distribuição geográfica do
gênero apontam 11 espécies seis subespécies (ANDRADE e PORTI, 1993)
1. Acromyrmex ambiguus Emry, 1887-
?Quenquém-preto-brilhante?- SP, BA e RS.
2. Acromyrmex aspersus (F. Smith, 1858)- ?Quenquém-rajada? -
MG, SP, BA, ES, RJ, MT, PR, SC e RS.
3. Acromyrmex coronatus (Fabricius, 1804) -
?Quenquém-de-árvore? SP, PA,
CE, BA, ES, MG, RJ, MT, GO, SC e MS.
4. Acromyrmex crassispinus Forel, 1909 - ?Quenquém-de-cisco
e quenquém? - SP, RJ, RS, MCI e DF.
5. Acromyrmex diasi (Gonçalves, 1983 - DF (Brasília).
6. Acromyrmex disciger Mayr, 1887 - ?Quenquém-mirim e
formiga--carregadeira? - SP?, RJ, MG, PR E
SC.
7. Acromyrmex heyeri Forel, 1899-
?Formiga-de-monte-vermelha? PR, SC, RS e
SP.
8. Acromyrmex hispidus fallAx Santschi, 1925- ?Formiga-mineira?
PR, -SC, SP e RS.
9. Acromyrmex hispidus formosus Santschi, 1925 - PR de
acordo com KEMPF (1972).
10. Acromyrmex hystrix (Latreille, 1802) -
?Quenquém-de-cisco-da--amazônia? - AM, PA, RO, GO, BA e MT.
11. Acromyrmex landolti
balzani Emery, 1890- ?Boca-de-cisco, formiga-rapa-rapa, formiga-rapa e
formiga-meia-lua? - SP, MG, SC, GO e MS (MAYHÉ-NUNES, 1991).
12. Acromyrmex landolti fracticornis Forel, 1909 - MT e MS.
13. Acromyrmex landolti landolti Forel, 1884- AM, PA, MA,
PI, CE, RN, PB, PE, AL, BA, MG, MT e AC.
14. Acromyrmex laticeps laticeps Emery, 1905 -
?Formiga-mineira e formiga-mineira-vermelha? - SC, RS e PR
15. Acromyrmex laticeps nigrosetosus Forel, 1908- ?Quenquém-campeira?
16. SP, AM, PA, MG, MA, ,MT, GO, RO, BA e SC
17. Acromyrmex lobicornis Emery, 1887-
?Quenquém-de-monte-preta e formiga-de-monte- preta? - BA e RS.
18. Acromyrmex lundi carli Santschi, 1925 - AM e PA.
19. Acromyrmex lundi lundi (Guérin, 1838) -
?Formiga-mineira-preta, quenquém-mineira e quenquém-mineira-preta? - RS.
20. Acromyrmex lundi pubescens Emery, 1905 - MT.
21. Acromyrmex muticinodus (Forel 1901)-?Formiga-mineira?-
CE, ES, RJ, SP, SC, MG e PR.
22.
Acromyrmex niger
(F. Smith, 1858)- SC, SP, CE, MG, RJ, ES e PR.
23.
Acromyrmex nobilis Santschi, 1939 - AM.
24. Acromyrmex octospinosus (Reich, 1793) - ?Carieira e
quenquém-mineira-da-amazônia? - AM, PA e RR.
25. Acromyrmex rugosus rochai Forel, 1904 -
?Fortniga-quiçaçá? - SP CE, MT e DF.
26. Acromyrmex rugosus rugosus (F. Smith, 1858) - ?Saúva,
formiga-lavradeira e formiga-mulatinha? - MS, RS, SP, PA, MÁ, PI, CE, RN, PB,
PE, SE, BA, MG, MT e GO.
27. Acromyrmex striatus (Roger, 1863)- ?Formiga-de-rodeio e
formiga de-eira? - SC e RS.
28. Acromyrmex subterraneus bruneus Forel, 1911 -
?Quenquém-de-cisco-graúcha.? -SP, CE, BA, RJ, SC, MG e ES.
29. Acromyrmex subterraneus molestans Santschi, 1925 -
?Quenquém--caiapó-capixaba? - CE, MG, ES, RJ, BA e SP, de acordo com AEDRADE e
PORTI (1993).
30. Acromyrmex subterraneus subterraneus Forel, 1893 -
?Caiapó? -SP, AM, CE, RN, MG, RJ, MT, PR, SC e RS.
Cupins – também atacam as raízes das plantas levando a morte
,quando elas são pequenas mudas
Lagartas
As lagarta consideradas pragas do Eucalyptus no Brasil podem
ser classificadas em desfolhadoras e broqueadoras
Besouros
Os besouros podem ser classificados como desfolhadores,
coleobrocas e besouro de raízes.
Besouros desfolhadores
Os besouros desfolhadores constituem um grupo de insetos
muito importantes para a silvicultura
brasileira. Estes estão incluídos em diversas famílias, principalmente as de
Chrysomelidae, Curculionidade, Scarabaeidae, Buprestidae. Dentro deste grupo a
principal espécie que apresenta
importância para o setor florestal brasileiro é Costalimaita ferruginea.
Gonipterus scutellatus (Coleoptera:
Curculionidade) é uma das piores pragas nativa dos eucaliptais na
Australia. Ele foi introduzido na Argentina em 1926 e, 30 anos
depois, foi encontrado nos eucaliptais do Rio Grande do Sul. Mais cerca de 30
anos e já está em São Paulo. Não
tardará e esta praga chegará aos maciços florestais de Minas Gerais, Espírito
Santo e Bahia. Outros insetos nativos do Brasil, como as de Naupactus, também
atacam as essências florestais. A família Buprestidae apresenta vàrias espécies
de besouros que atacam as folhas novas, mas principalmente roem os ponteiros e
galhos tenros de eucaliptais jovens. Suas espécias são ainda mal conhecidas
pela Entomologia Florestal brasileira.
A família Scarabaeidade apresenta espécies desfolhadoras vorazes em
muitos tipos de essências florestais no Brasil, como Bolax flavolineatus, por exemplo. Tanto as larvas
quantos os besouros adultos são pragas de resflorestamentos de eucalipto e de
várias culturas agrícolas.
Sugadores
Dentre os insetos que sugam a seiva e provocam danos no
eucalipto, podem ser citados, os psilideos, cigarrinhas, trips e pulgões. Estes
primeiros são compostos por insetos de origem australiana com introdução
recente no Brasil
Os insetos sugadores são de grande importância para o
eucaliptos por agrigarem os psilideos, insetos saltadores, semelhante a
pequenas cigarrinhas, pertencentes a Ordem Homoptera, superfamília Psylloidea
(Hodkinson, 1988).
Psilideos
São chamados ?Psilideos? insetos saltadores, semelhante a
pequenas cigarrinhas, pertencentes a Ordem Homoptera, superfamília Psylloidea
(Hodkinson, 1988). Dentro deste grupo,
são conhecidas em todo o mundo, cerca de
2500 espécies, sendo que a maioria se desenvolve em plantas lenhosas,
dicotiledôneas (Burckhardt, 1994). Grande parte dos insetos da família
Psyllidae são de origem Australiana sendo que a maioria das espécies se
desenvolvem em eucaliptos ou outras Mirtaceas.
Dentro desta família, o gênero Ctenarytaina Ferris e Klyver tem a mais
ampla distribuição natural, indo desde a Índia e Sudeste da Ásia até a
Austrália, Nova Zelandia e algumas ilhas do Pacífico (Burkchardt, 1998).
Algumas espécies de Ctenarytaina tem sido introduzidas em outros continentes
juntamente com seu hospedeiro, o eucalipto (Taylor, 1997).
A espécie mais conhecida do gênero, Ctenarytaina eucalypti ,
ocorre naturalmente no sudeste da
Austrália e Tasmania e foi introduzida na Nova Zelândia, Papua, Nova Guine, Sri
Lanka, África do Sul, Ilhas Canárias, Califórnia e Europa( França, Itália, Portugal, Espanha,
Ilhas Madeira, Inglaterra e Alemanha).
No Brasil foi realizado levantamentos destes psilideos no
Estado do Paraná e São Paulo, sendo encontrada três espécies, sendo uma delas
também encontrada em
Goiás. Possivelmente estes insetos estejam presentes nas
demais regiões, podendo ainda haver também outras espécies ainda não coletadas
nos levantamentos realizados anteriormente. A primeira ocorrência de C.
eucalypti, no Brasil, foi relatada por
Burckhardt, et. al. (1999), em mudas de
E. dunnii, no município de Colombo, PR.
Ctenarytaina sp. foi observada em plantações de Eucalyptus
grandis, no município de Arapoti, Norte
do Paraná em 1992 (Iede et. all. 1996). Em 1997 foi descrita a espécie
Ctenarytaina spatulata (Taylor 1997). Esta espécie de origem australiana se
espalhou por vários países. Foi observada em 1990 nas Ilhas do Sul em Nova Zelândia, em
1991 na Califórnia, USA, 1992 no Norte do Paraná, Brasil e em 1994 próximo a
Montevidéu, no Uruguai.
Doenças
O eucalipto pode ser atacado por vários patógenos,
principalmente fungos, desde mudas até árvores adultas. As doenças causam
significativos impactos econômicos, de acordo com a espécie atacada e da época
do ano. As principais doenças que ocorrem nos eucaliptos são:
Tombamento
Podridão de raízes
Mofo cinzento
Podridão de estacas
Esporotricose
Oidio
Murcha bacteriana
Enfermidade rosada ou rubelose
Cancro
Ferrugem
Murcha de cilindrocladium
Podridão do cerne
Doenças foliares e complexos etiológicos (possuem sintomas
de doenças, mais tem origens diversas)
Seca de ponteiros do Vale do Rio Doce
Seca de ponteiros de Arapoti
Seca da saia do Eucalyptus viminalis
Algumas doenças de origem abiótica são importantes, pela
intensidade e freqüência com que têm sido verificadas, na cultura do eucalipto.
Geralmente, as doenças de origem abiótica são decorrentes de fatores adversos e
estressantes do ambiente. Durante ou após a ação do fator adverso, as árvores
podem tornar-se suscetíveis à infecção de patógenos secundários. Os principais
patógenos secundários (também chamados de doenças abióticas) observados são:
Afogamento do coleto
Enovelamento de raízes
Gomose
Pau-preto
Geada
Granizo
Seja qual for o problema, a prescrição de medidas de
controle eficientes depende da correto e completo diagnóstico do agente causal.
Outro aspecto importante a ser ressaltado é que a implementação de uma medida
de controle precisa ser balizada entre sua viabilidade técnica e a econômica.
Por vezes, a medida mais eficiente e econômica pode provocar impactos
ambientais indesejáveis, como por exemplo a contaminação ambiental por
agrotóxico.
Tombamento
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Lesão necrótica na região do colo da plântula;
Murcha, enrolamento e secamento de cotilédones;
Tombamento de plântulas em reboleira e sua morte.
Ataque de fungos na
fase de germinação, destruindo as plântulas;
Uso de substratos contaminados por fungos de solo;
Condições de alta umidade no viveiro.
Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de irrigação livres de
patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das mudas;
Raleio das plântulas, o mais cedo possível;
Seleção e descarte das plantas doentes e mortas;
Retirada de recipientes sem mudas e com mudas mortas e de
folhas caídas e senescentes;
Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos de amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de calor (vapor, água
quente ou solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de agentes de controle
biológico.
Podridão-da-raiz
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Murcha e morte de mudas;
Lesões necróticas em raízes. Ataque dos fungos Phytophthora
sp., Pythium sp. E Fusarium sp. Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de irrigação livres de
patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das mudas;
Raleio das plântulas, o mais cedo possível;
Seleção e descarte das plantas doentes e mortas;
Retirada de recipientes sem mudas e com mudas mortas e de
folhas caídas e senescentes;
Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos de amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de calor (vapor, água
quente ou solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de agentes de controle
biológico.
Mofo-cinzento
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Enrolamento de folhas, seca e queda das mesmas;
Formação de mofo acinzentado sobre as plantas afetadas.
Ataque do fungo Botrytis cinerea Cultural:
Uso de sementes, substrato e água de irrigação livres de
patógenos;
Uso de substratos com boa drenagem;
Uso de semeadura direta em tubetes suspensos;
Evitar o sombreamento excessivo das mudas;
Raleio das plântulas, o mais cedo possível;
Seleção e descarte das plantas doentes e mortas;
Retirada de recipientes sem mudas e com mudas mortas e de
folhas caídas e senescentes;
Adubação equilibrada das mudas;
Sistema adequado de irrigação
Químico:
Fumigação do substrato com produtos de amplo espectro;
Aplicação de fungicidas.
Físico:
Desinfestação do substrato com uso de calor (vapor, água
quente ou solarização).
Biológico:
Uso de linhagens ou espécies de agentes de controle
biológico.
Murcha e morte de mudas;
Lesões necróticas em raízes.
Podridão-de-estaca
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Secamento e morte de estacas;
Lesões escuras na base ou em outras partes da estaca. Ataque
dos fungos Cylindrocladium candelabrum, Colletotrichum sp., Fusarium sp. e
Rhizoctonia solani Além das medidas anteriormente citadas:
Descontaminação de brotações e recipientes com hipoclorito
de sódio e/ou fungicidas;
Pulverização de estufas com sulfato de cobre.
Esporotricose do eucalipto
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Infecção da haste principal de mudas e porção apical de
brotações de minicepas;
Lesões arroxeadas em folhas;
Anelamento e morte de caules e pecíolos.
Ataque do fungo
Sporothrix eucalypti
Uso de controle
químico.
Oídio
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Enrugamento e deformação de folhas jovens e brotações;
Aspecto acanoado das folhas adultas;
Formação de uma película pulverulenta e esbranquiçada sobre
as folhas. Ataque do fungo Oidium sp. Aplicação de fungicidas em mudas
severamente afetadas.
Murcha bacteriana do eucalipto
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Avermelhamento ou amarelecimento da copa em árvores com
idade entre 4 e 8 meses;
Murcha da folhagem e queda parcial de folhas;
Secamento da copa;
Ao cortar-se a planta, ocorre exsudação de pús bacteriano no
caule. Ataque da bactéria Ralstonia solanacearum. Evitar o plantio de mudas
passadas;
Usar mudas produzidas em tubetes suspensos;
Evitar o dobramento e a compactação da extremidade das
raízes no plantio;
Evitar preparo de solo que favoreça o afogamento do coleto;
Uso de espécies ou procedências resistentes.
Enfermidade rosada ou rubelose
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Lesões e sinais em galhos e na haste principal de árvores
com idade entre 2 a 5 anos;
Mortalidade de galhos e hastes. Ataque do fungo Corticium
salmonicolor. Uso de espécies ou procedências resistentes.
Cancro-do-eucalipto
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Secamento da copa e morte de árvores jovens (5 meses em
diante) por estrangulamento da colo;
Fendilhamento da casca e seu intumescimento;
Formação de cancro no tronco, com depressão e rompimento da
casca em fitas;
Aparecimento de gomose (exsudação de quino). Ataque do fungo
Cryphonectria cubensis. Uso de populações resistentes (espécies, procedências,
híbridos e clones).
Ferrugem
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Pontuações cloróticas em folhas jovens e caule em formação;
Formação de pústulas de coloração amarelo-vivo sobre lesões
(esporos do fungo);
Formação de verrugas nas lesões:
Seca e morte de tecidos afetados, com aspecto de queima.
Ataque do fungo Puccinia psidii. Uso de controle químico em viveiros;
Uso de espécies e procedências resistentes.
Mancha de cilindrocladium
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Lesões no ápice ou bordos do limbo foliar que podem atingir
toda a folha;
Manchas de coloração marrom-claro a marrom arroxeado e
cinza;
Queda de folhas lesionadas;
Desfolha intensa;
Lesões necróticas em ramos. Ataque de fungos do gênero
Cylindrocladium. Uso de controle químico em viveiros;
Uso de espécies e procedências resistentes.
Podridão-de-cerne
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Ausência de sintomas externos;
Podridão interna de coloração esbranquiçada ou parda que
ocorre mais pronunciadamente na região medular. Associação de vários grupos de
fungos decompositores de madeira. Uso de espécies resistentes ao problema.
Doenças foliares secundárias
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Causam diferentes tipos de lesões necróticas e queima em
folhas e copas de árvores. Ataque de espécies dos fungos Coniella fragariae,
Mycosphaerella spp. e Kirramyces epicocoides, Rhizoctonia solani. A pouca
expressão destas doenças não tem recomendado medidas de controle.
Complexos etiológicos
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Seca de ponteiros do Vale do Rio Doce (SPEVRD):
Sintomas em plantas com mais de 1 ano. Ataque de espécies
dos fungos Coniella fragariae, Mycosphaerella spp. e Kirramyces epicocoides,
Rhizoctonia solani. O retorno das condições ambientais normais pode promover a
recuperação do desenvolvimento normal das árvores;
No caso da seca por falta de boro, a aplicação do elemento
no solo, durante o plantio pode evitar ou minimizar e os efeitos do problema;
Plantio de espécies resistentes ao problema;
Existe tolerância das plantas ao problema da SPEVRD E SPEA,
a partir do quarto ano.
Seca de ponteiros de Arapoti (SPEA):
Sintomas em plantas com menos de 7 meses.
Secamento das porções apicais dos ramos e galhos;
Redução do crescimento;
Perda de touças e árvores severamente afetadas. Fatores
ambientais favorecem a ocorrência de distúrbios fisiológicos, predispondo as
árvores ao ataque de insetos e a associação de patógenos secundários.
Seca de ponteiros por falta de Boro:
Encarquilhamento de folhas jovens;
Clorose das bordas do limbo até ocorrer necrose;
Ramos flácidos sem forma cilíndrica;
Fendilhamento da casca, formação de cancro e estrangulamento
da haste;
Bifurcação do tronco. Fatores ambientais favorecem a
ocorrência de distúrbios fisiológicos, predispondo as árvores ao ataque de
insetos e a associação de patógenos secundários.
Seca da saia do Eucalyptus viminalis:
Secamento geral da folhagem;
Morte de árvores. Deficiência de boro na planta e associação
de fungos do gênero Botryosphaeria em cancros de haste e tronco.
Afogamento do coleto
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Intumescimento do colo
Plantas com pouco desenvolvimento
Seca e morte de plantas. Enterrio de parte do caule das
mudas no plantio
Aterramento da muda no campo decorrente de tratos culturais
ou enxurrada. Cuidados no plantio e no preparo de solo para evitar o afogamento
Enovelamento das raizes
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Plantas com pouco desenvolvimento
Seca e morte de plantas. Plantio de mudas com sistema
radicular enovelado
Entortamento de raízes no plantio. Evitar o aproveitamento
de mudas passadas e com raízes enoveladas
Evitar o entortamento de raízes durante o plantio.
Gomose
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Escorrimento de quino (goma) em alguns pontos do tronco.
Ferimentos mecânicos
Injúrias de insetos
Ventos fortes
Plantas parasitas
Desordens fisiológicas por fatores adversos de clima e solo.
Evitar a ocorrência do fator injuriante, quando possível
Uso de espécies ou procedências bem adaptadas à região.
Pau-preto
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Escorrimento de quino e posterior oxidação em numerosos
pontos do tronco. Sem conhecimento completo de sua origem. Uso de espécies ou
procedências bem adaptadas à região.
Geada
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Desde queima de ponteiros até a perda total da copa
Queima e bronzeamento da folhagem
Morte de mudas árvores jovens. Resfriamento brusco da
temperatura ambiente e congelamento, com ou sem formação de crosta de gelo
sobre a planta. Proteção de mudas em viveiros
Uso de espécies ou procedências tolerantes ou resistentes.
Granizo
SINTOMAS E SINAIS
CAUSAS CONTROLE
Desfolhamento e descascamento de ramos, hastes e árvores
Surgimento de pequenos cancros em ramos e hastes
Seca de ramos e morte de árvores. Queda de granizo ou chuva
de pedra. Como o problema decorre de um evento climático, ocasional e
localizado, não existe meio de se evitar
O volume de madeira, em um determinado sítio em determinado
espaço de tempo, aumenta com o aumento do número de árvores por hectare. No
entanto, o diâmetro das árvores tende a diminuir com o aumento do número de
árvores, e os custos das mudas e da implantação do povoamento a aumentar.
Portanto, para decisão final em relação a espaçamento
inicial e condução do povoamento mais ou menos adensado, é necessário estimar
os custos financeiros e compará-los com a receita esperada. Evidentemente, o
produto final desejado e suas dimensões devem igualmente ser levadas em
consideração, bem como a qualidade da madeira que varia em função da idade e do
manejo adotado.
Embora, fixando-se o período
de tempo, para que maiores volumes sejam obtidos em plantios com
espaçamentos mais estreitos, existe tendência de desenvolvimento de árvores mal
formadas se o povoamento for mantido excessivamente adensado por período muito
longo. Igualmente há aumento do número de árvores suprimidas e mortas. Isto
ocorre devido ao fato de cada sítio comportar um máximo de área basal, levando
o crescimento das árvores remanescentes a ocorrer apenas devido à supressão das
árvores menos desenvolvidas e morte das árvores dominadas. Naturalmente,
este é um processo lento que pode ser
antecipado pela prática do desbaste. O desbaste tem ainda a vantagem de
permitir o aproveitamento da madeira das árvores suprimidas.
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